- Vila Itororó
Uma
das construções mais extravagantes da cidade, a Vila
Itororó,
na Rua Martiniano de Carvalho, é um símbolo do Bixiga imigrante.
Construída pelo tecelão português Francisco
de Castro em
1922, ficou conhecida, já na época, como Casa Surrealista. Seu
proprietário, além de trabalhar com tecidos, tinha conhecimentos
nas áreas de engenharia e arquitetura, e os utilizou de forma
inédita na construção do exótico casarão de quatro andares e 37
casas ao redor, ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, que
constituíram a primeira vila de São Paulo. Alguns de seus
ornamentos construtivos vieram do teatro São José, e a Vila Itororó
foi a primeira residência particular da cidade a ter uma piscina,
aproveitando a nascente do riacho do Vale do Itororó, que dá nome
ao local. Mais tarde, a Vila Itororó foi leiloada para cobrir
dívidas do tecelão e acabou arrematada pela Santa Casa de
Indaiatuba, que a alugou para outras pessoas. Apesar de tombado pelo
conselho municipal de patrimônio histórico, a Vila Itororó já foi
um dos vários cortiços deteriorados do Bixiga. Após desocupação
abriga provisoriamente o conselho tutelar. A intenção da Prefeitura
é transformá-la em um polo cultural.
- Escadaria do Bixiga
Ao
lado da Praça Dom Orione, fica a escadaria que une a parte baixa do
bairro à alta, na Rua dos Ingleses, dando acesso por um lado
ao Museu
dos Óculos,Museu
Memória do Bixiga e Teatro
Ruth Escobar,
e do outro às famosas cantinas italianas e feira de antiguidades. A
escadaria já foi palco de muitos filmes e peças publicitárias.
- Casa da Dona Yayá
O
imóvel, que foi uma das primeiras chácaras do Bixiga, tornou-se
propriedade de dona Sebastiana
de Melo Freire em
1925, órfã rica que apresentou sinais de demência e viveu o resto
dos seus dias no sanatório particular ali construído pelos seus
tutores. Nessa época, o Bixiga eram campos nos "arredores"
de São Paulo". Pertence ao patrimônio da USP desde
1972, e hoje sedia a Comissão do Patrimônio Cultura da USP, que o
transformou em um centro cultural principalmente musical, após
cuidadosa restauração.
- Arcos da Rua Jandaia

Tombados
pelo conselho municipal de patrimônio histórico como de preservação
integral, a monumental obra na Rua Jandaia, sobre a 23 de Maio, o
Muro dos Arcos foi descoberto quando a prefeitura demoliu as
edificações que ali havia. Supõe-se que tenha sido construído no
século XIX para proteção contra enchentes.
- Teatro Oficina
Fundado
em 1958, o Teatro
Oficina instalou-se
no edifício de número 520 da Rua Jaceguai em 1960, antes ainda do
retaliamento do bairro do Bexiga pelo Minhocão. Tombado pelo
Patrimônio Histórico Municipal, Estadual e Nacional, o Oficina luta
desde 1980 para impedir a verticalização do bairro. O atual prédio
do Teatro Oficina foi concebido pela mesma arquiteta que desenhou o
Masp, a italiana Lina
Bo Bardi,
e consiste em uma pista ladeada por galerias térreas e elevadas onde
acomodam-se 350 pessoas, um vão de janela de aproximadamente 150 m²,
teto retrátil e fonte de água ao centro.
Enraizada
em um pequeno jardim no interior do teatro uma árvore atravessa a
parede lateral e tem sua copa no terreno ao lado. Grupo que realizou
algumas das mais importantes montagens teatrais brasileiras, tais
como O
Rei da Vela,
de Oswald
de Andrade, Pequenos
Burgueses,
de Máximo
Górki,
e, mais recentemente, a adaptação em 27 horas de teatro da obra
seminal da nacionalidade brasileira, Os
Sertões,
de Euclides
da Cunha,
o Oficina segue em plena atividade até os dias atuais.
- Museu dos Óculos
Casarão
construído em 1918 na rua dos Ingleses, que abriga o Museu
dos Óculos Gioconda Giannini,
com acervo de 700 peças, entre peças que contam a história dos
óculos, com modelos raros e antigos como uma coleção chinesa
do século
XVIII com
estojo de escamas de peixes, além de outros itens que pertenceram a
celebridades como Jô
Soares, Regina
Duarte, Elis
Regina,
dentre outros.
- Festa de Nossa Senhora Achiropita
A Festa
de Nossa Senhora Achiropita,
é realizada todos os anos durante os fins de semana de agosto.
Comemorada desde 1926, originalmente por imigrantes italianos da
região da Calábria, é hoje uma das festas mais tradicionais da
capital paulistana. O evento conta com o trabalho de cerca de 900
funcionários, e toda a renda é revertida para obras sociais da
paróquia. Segundo a organização, são consumidas onze toneladas de
macarrão, cinco toneladas de mozarela e
dez mil litros de vinho, entres outros produtos, para um público
estimado em duzentas mil pessoas nos cinco fins de semana da festa.
Entre outras curiosidades do evento, destacam-se a equipe
das focaccias,
com 130 pessoas, responsável por uma incrível produção de dez mil
unidades por noite, e a procissão em louvor a Nossa Senhora pelo
bairro, em que é confeccionado o tapete artístico de serragem na
Rua São Vicente.
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